A Secretaria Municipal de Educação concluiu o último encontro do Percurso Formativo dedicado aos professores especialistas em deficiência auditiva e aos interlocutores de Libras da rede.
O encerramento simbolizou mais uma etapa de um trabalho que não para: qualificar, com cuidado e intencionalidade, os profissionais que atendem diariamente estudantes surdos e garantem o direito básico de aprender.
Neste módulo, o foco foi “Português para Surdos”, trazendo práticas que estimulam habilidades precursoras da fluência leitora. Ao longo das atividades, os educadores exploraram estratégias que incentivam o prazer da leitura e discutiram metodologias que tornam a construção do conhecimento linguístico mais significativa e acessível.
Entre os pontos centrais da formação, ganhou destaque a importância de um investimento sólido em Libras. Reconhecida como língua primeira da pessoa surda, ela sustenta a compreensão do português como segunda língua e abre caminhos para uma aprendizagem mais justa, segura e coerente. “Fortalecer a Língua de Sinais significa garantir equidade e ampliar possibilidades comunicativas dentro e fora da sala de aula”, disse Odirlei Faria, Pedagogo, especialista em Libras e em Educação para Surdos, que trouxe o tema do encontro. Odirlei tem uma trajetória marcada pela formação de educadores, pela produção de materiais pedagógicos e pelo fortalecimento da acessibilidade linguística.
O profissional compartilhou reflexões sobre práticas bilíngues eficazes, apresentou materiais pedagógicos e disponibilizou conteúdos como o livro publicado pelo CES Rio Branco e cursos voltados à área de Libras. Tudo isso reforça o compromisso coletivo com uma educação inclusiva que, mais que normativas, se baseia em vínculos, escuta e a certeza de que toda pessoa aprende melhor quando alguém acredita na sua língua, no seu ritmo e no seu mundo.
A iniciativa se alinha à meta de humanização conduzida pela gestão municipal e pela secretária de Educação, Ana Paula dos Santos, que tem priorizado políticas formativas mais sensíveis, acolhedoras e conectadas às necessidades reais dos estudantes e dos profissionais da rede. “O compromisso é simples e profundo: transformar formação em prática pedagógica, e prática pedagógica em oportunidade”, comentou a Secretária.
