Fotos: Juliano Barbosa
Esclarecimento sobre o encaminhamento de mulheres e seus filhos vítimas de violência doméstica para a Casa Abrigo foi o tema central do encontro
Para fechar o ‘Agosto Lilás’, mês de campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, na tarde dessa quarta-feira (31/08), Cotia participou do 5º Encontro Regional de Políticas para Mulheres, promovido pelo GT de Gênero do Cioeste (Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo), em Santana de Parnaíba. O evento reuniu colaboradores de diversas áreas como educação, segurança, saúde, transportes e trânsito, social que puderam acompanhar apresentações sobre o fluxo de atendimento da Casa Abrigo do Cioeste.
Integrante do GT de Gênero, a Secretária dos Direitos Humanos, Cidadania e da Mulher, lembrou o início do GT e falou sobre a importância da Casa Abrigo. “O GT começou há muitos anos, em uma salinha pequena, mas com sonhos enormes”, falou. “A Casa Abrigo serve para afastar a mulher e seus filhos, em risco iminente de morte, do seu algoz. Mas, não é só isso, nesta casa ela tem atendimento psicológico, de empoderamento e de ajuda para que conquiste a sua emancipação de fato e possa recomeçar a vida”, disse.
Durante o evento, representantes do GT de Gênero explicaram como funciona a Casa Abrigo e falaram sobre os serviços municipais responsáveis pelo direcionamento das mulheres para a Casa Abrigo. “Quando encaminhar estas mulheres para a Casa Abrigo? Esta é uma decisão técnica e passa pela subjetividade de cada caso. A casa está pronta para receber estas mulheres, mas e o atendimento nas cidades?”, disse Ana Maria Belchior, do GT de Gênero. Ela esclareceu que no atendimento, as equipes técnicas devem propor a Casa e esclarecer todas as dúvidas da vítima. “Sanar as dúvidas sobre a casa é dever técnico e direito das mulheres”, destacou.
A Casa Abrigo fica em local sigiloso e abriga mulheres e seus filhos, de 0 a 17 anos, vítimas de violência doméstica, por seis meses, prazo que pode ser prorrogado por mais seis. Desde o fim de 2018, a casa já acolheu 162 pessoas, sendo 63 mulheres e 99 crianças e/ou adolescentes. “A maioria destas mulheres deixou a casa com emancipação, moradia, autoestima e longe da agressão”, disse Carla Jara, da Associação Fala Mulher, gestora da Casa Abrigo.
Serviços de atendimento à mulher vítima de violência em Cotia
Delegacia de Defesa da Mulher (DDM): Rua Turmalina, 99, Jd. Nomura
Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS): Av. Prof. Manoel José Pedroso, 1565, Jd. Nomura, telefone: 4614-5622 e na Rua Benedito Pires da Silva Sobrinho, 157, Jd. Planalto, Caucaia
Secretaria dos Direitos Humanos, Cidadania e da Mulher: Av. Benedito Isaac Pires, 35 – 2º andar, telefone: 4934-5265 ramais 2302 e 2308
Central de Atendimento à Mulher: telefone 180
Guardiã Maria da Penha Guarda Civil: telefone 153
Polícia Militar: 190