Em 2019, Cotia registrou quatro óbitos relacionados a doenças virais e por bacilo que poderiam ter sido evitadas
A Secretaria de Saúde de Cotia, por meio da Vigilância Epidemiológica (VE), alerta a população sobre cuidados com doenças de transmissão respiratória, como gripes, tuberculose, sarampo, entre outras. Levantamento feito junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostra que, em 2019, quatro pessoas foram a óbito na cidade em decorrência de doenças de transmissão respiratória: três em decorrência de Influenza e uma por tuberculose (causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis).
De acordo com a Vigilância Epidemiológica (VE), este tipo de doença tem fácil propagação, especialmente pela falta de cuidados simples que devem ser incorporados à rotina das pessoas. "Lavar as mãos várias vezes ao dia, usar álcool em gel, manter os ambientes arejados, evitar locais com aglomerações quando apresentar sintomas de doenças, proteger tosse e espirro com lenço, ou, na falta dele, com as mãos e lavá-las na sequência, estão entre as medidas protetivas de prevenção", disse Silvana Silva, coordenadora da (VE).
Ela alertou ainda, que é importante procurar o serviço de saúde sempre que apresentar sintomas como tosse permanente, febre, dores no corpo, dificuldade para respirar, manchas na pele, entre outros. "Por sorte, a maior parte das doenças são sintomáticas e isso ajuda a identifica-la, por isso, é importante todos estarem atentos aos sintomas e procurarem ajuda, pois, dependendo da doença, esta pessoa precisará de isolamento", alertou Silvana. A coordenadora reforçou ainda que é importante evitar locais onde sabidamente haja circulação de vírus.
De janeiro a dezembro de 2019, o serviço de saúde recebeu 44 notificações de Influenza, seis casos se confirmaram, destes, três pacientes não resistiram. Em relação à tuberculose, a cidade teve 82 notificações de casos suspeitos, 100% das suspeitas se confirmaram e uma pessoa morreu. Apesar do grande número de notificações e confirmações de sarampo, 602 e 133, respectivamente, a cidade não teve mortes em decorrência desta doença.
"Os números mostram que temos que estar sempre atentos, pois a proporção de confirmação em relação às suspeitas é grande. Nossa rede de saúde conta com profissionais preparados para acolher, realizar os procedimentos, diagnosticar e tratar estas doenças, mas é fundamental que a população mantenha a vacinação em ordem e tome as medidas protetivas de prevenção", salientou Silvana.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil