Implantação de protocolo de atendimento, respeito e valorização à diversidade estão em pauta e na prática
Para garantir e colocar em prática a inclusão nas escolas, o governo do prefeito Rogério Franco está reestruturando toda a dinâmica de atendimento, com foco no acolhimento ao aluno especial na rede. A ideia é estreitar a relação de convívio entre alunos, pais e educadores, para que que de fato haja a inclusão.
A Secretaria de Educação entende que é com a participação de todos que a inclusão acontece e, desta forma, é possível oferecer ao aluno especial o acesso à escola e também às possibilidades de aprendizagem e convivência social.
Todos os profissionais envolvidos devem manter um relacionamento aberto para que haja a compreensão de que o processo de aprendizagem ocorra de acordo com o perfil individual de cada criança, considerando o contexto social, estrutural, emocional e escolar.
Para trabalhar “inclusão e aprendizado”, todos os envolvidos devem ter a concepção de que há múltiplas formas de aprender e, em algumas situações, será necessário optar pela adequação curricular para atender às particularidades de cada aluno.
Pensando nisso, o Departamento de Educação Especial reformulou as ações e implantou protocolos de atendimento que acompanham as etapas do processo escolar do aluno, a começar pelo primeiro contato na escola.
“Orientamos os diretores para que o processo de acompanhamento das crianças especiais tenha início no ato da matrícula. Pais e alunos passam por uma etapa de acolhimento, na qual, além da avaliação, será feita uma triagem e encaminhamento para a escola onde efetivamente o vínculo vai se estabelecer”, explica a diretora do Departamento de Educação Especial, Shirley Rainho.
Atualmente, há 357 alunos especiais cadastrados na rede municipal, atendidos em 76 escolas regulares. Do total, 147 estudam no CEUC Diego Cristian Bazilio Camargo.
A rede tem dez polos de Atendimento Educacional Especializado, ambientes estruturados para promover o aprendizado e que agrega equipamentos pedagógicos feitos em madeira, encaixe ou de plástico e tecnologia assistiva com computadores e softwares.
Com estes recursos e serviços de assistência, o professor consegue oferecer ao aluno um ambiente propício e mais adequado para desenvolver ou ampliar habilidades. Os alunos participam duas vezes por semana destas aulas com equipamentos multifuncionais.
“No CEUC também há duas salas com equipamentos específicos para alunos com deficiência visual (baixa visão ou cegueira), que necessitam de recursos em braile”, lembra a pedagoga Ana Paula Lima.
A educação inclusiva tem como característica abrir possibilidades e conectar as pessoas às diversas realidades. Pensar na realidade do aluno é também dar autonomia a ele. No CEUC os alunos utilizam salas que o remetem às atividades da sua vida prática.
Durante o 1º Gestor em Foco, encontro realizado com gestores no início deste mês, os participantes relataram que durante a oficina “Sala Sensorial”, ao usar uma venda nos olhos, perceberam o quanto os outros sentidos são aflorados e novas sensações foram percebidas.
Experiências como esta, colocadas em prática com toda a sala de aula, proporcionam aos alunos e colaboradores das unidades a sensação de se colocar no lugar do outro e compreender as deficiências e potencialidades que cada ser humano possui.