No dia em que se comemorou o Dia Nacional dos Animais (14 de março), o Departamento de Zoonoses de Cotia aproveitou para alertar a população que o macaco, ao contrário do que alguns pensam, não transmite a febre amarela urbana.
“As pessoas acreditam que o macaco pode contaminá-las pela doença e acabam sendo hostis com este animal, é um erro”, alerta Ana Marina C. C. B. Lino, coordenadora da zoonoses. Ela salienta que a única forma de transmissão da doença é por meio da picada do Aedes aegypti que já tenha picado uma pessoa contaminada. “O macaco doente funciona como sentinela de que o vírus está presente naquela região, mas não que ele vá transmitir para humanos”, explica.
Cotia não tem nenhum registro confirmado de febre amarela e aguarda o resultado de análise da causa da morte de cinco macacos. “Não podemos afirmar se tratar de agressão ou outra coisa, mas alguns animais foram encontrados em situações a serem esclarecidas”, disse Ana Marina.
A coordenadora alerta, no entanto, que a população que vive em áreas próximas à mata deve evitar o contato direto com os macacos.
“As pessoas começaram a domesticar estes animais, dão alimento, pegam no colo, mas é preciso entender que eles podem transmitir, aí sim, com o contato direto, outras enfermidades para o homem”, concluiu.
Combate ao Aedes
Para evitar a contaminação por febre amarela urbana, Páscoa Bichiato, Coordenadora da Vigilância de Vetores ou Ambiental, afirma que a população deve seguir com os mesmos cuidados adotados em relação ao combate à dengue, zika e chikungunya. “O Aedes aegypti é o transmissor da febre amarela urbana e é ele que a população deve combater. Os cuidados são aqueles que conhecemos: não acumular água, fecha a caixa d’água, limpar calhas, não deixar recipientes sem tampa em local aberto”, explicou.