Fotos: Juliano Barbosa
Iniciativa da Secretaria de Saúde de Cotia realiza atividades com pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares
Na manhã desta sexta-feira (3/03), os atendidos pelo Projeto Acolher participaram do terceiro encontro com uma programação especial: as crianças e seus acompanhantes, plantaram hortaliças e fizeram uma horta no Fundo Social de Caucaia do Alto, por meio do projeto ‘Horta Solidária’, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. O Projeto Acolher existe desde 2021 e foi implantado com o objetivo de promover atendimento em grupo para crianças e adolescentes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares.
De acordo com a idealizadora e coordenadora do Projeto, Solange Pires, da Secretaria de Saúde, o Acolher está em sua quarta edição e os resultados são positivos. “Muitas famílias estão com a gente desde a primeira edição, e a gente vê muitas mudanças de comportamentos, crianças que antes não socializavam, passam a interagir”, disse. “E é um projeto tão bom que não temos desistência, ao contrário, a procura só aumenta”, completou.
As mudanças de comportamentos das crianças com autismo são percebidas dentro das casas. “Meu filho não deixava pentear o cabelo dele, agora ele deixa. Ele era mais agitado e nervoso, agora ele está mais calmo e está até liberado de alguns remédios”, disse Adriana Ribeiro, mãe de um garoto autista de 5 anos. “Eu via algumas diferenças no comportamento dele, mas não sabia o que era. Achei que para andar, falar seria no tempo dele. Mas há quase um ano, descobrimos o autismo. Foi um choque. O primeiro caso na família”, lembrou Adriana.
E é no Projeto Acolher que ela está aprendendo a lidar com a condição do filho. “O projeto é maravilhoso, começamos na turma passada, em agosto. Estou aprendendo muito. Vejo melhorias no comportamento dele, na coordenação. Passei a observar coisas que eu não notava, ele anda sem colocar todo o pé no chão, e eu não tinha notado e não sabia que era por conta do autismo”, disse Adriana.
Segundo Solange Pires, a partir da próxima semana, o projeto entra no cronograma de atividades em parceria com a Unip e estudantes da área de saúde começam os atendimentos. “A gente só tem a agradecer, o apoio do Fundo Social que cede o espaço, a Unip pela parceria e as famílias que confiam e acreditam no nosso trabalho”, concluiu Solange.
No Projeto Acolher os atendidos participam de rodas de terapia, palestras, avaliações, troca de experiências, entre outras, que são acompanhadas por Nádia Giaretta, especialista em distúrbios do neurodesenvolvimento e coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSI).