De 7 a 11 de agosto de 2023, durante a Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral, a Vigilância Ambiental e a Zoonoses de Cotia reforçam o alerta para a Leishmaniose Visceral, uma doença de evolução crônica que, se não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos e tem como vetor principal – no Brasil – as fêmeas do Mosquito-Palha (Lutzomia Longipalpis) que infectam os seres humanos com o protozoário causador da doença (Leishmania Chagasi). Algumas unidades de saúde do município fazem exames de sangue para detecção da doença, mediante avaliação médica.
A doença, se não tratada adequadamente, pode ser letal ao ser humano e para os cães, acometendo fígado, baço e medula óssea. Estes insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.
O ciclo da doença acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário. Os cães com Leishmaniose Visceral podem ou não apresentar sintomas da doença, e transmiti-la durante toda a vida. Lesões oculares, feridas no focinho, perda de pelos e crescimento exagerado das unhas são sinais característicos de contaminação. Outros sintomas são similares em animais e no homem e incluem:
- Lesões ulceradas na pele
- Febre de longa duração
- Aumento do fígado e baço
- Perda de peso / fraqueza
- Redução da força muscular
- Anemia
- Comprometimento da medula óssea
- Problemas respiratórios
- Diarreia
- Sangramentos na boca e nos intestinos
A principal forma de evitar a doença é com o controle dos vetores. Os locais de preferência para proliferação do mosquito-palha são em solos com umidade, pouca luz e grande oferta de matéria orgânica, por isso, são facilmente encontrados em poleiros, currais e chiqueiros dentre outros locais com limpeza insuficiente. É indispensável a remoção periódica de folhas, frutos e fezes animais dos locais de criação; o armazenamento incorreto do lixo também pode atrair insetos transmissores desta e de outras zoonoses.
A guarda responsável de animais domésticos é fundamental para manter a saúde animal e humana; os animais devem ser mantidos dentro de quintais limpos e organizados, nunca na rua expostos a doenças com alto potencial de gravidade. A castração é incentivada para evitar crias indesejadas e não tem contraindicação. A proteção dos animais domésticos também pode ser feita com coleiras repelentes, sprays e shampoos apropriados.
A Leishmaniose Visceral Canina não tem cura, mas pode ser tratada. A prevenção protege animais e humanos da doença. Elimine possíveis criadouros para o mosquito seguindo as instruções.
Informações: Vigilância Ambiental/Zoonoses
Tel.: 4616-6493
E-mail: vigilancia.ambiental@cotia.sp.gov.br /
vigilancia.zoonoses@cotia.sp.gov.br