A equipe de coordenação do programa Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Cotia realizou caminhada que se encerrou em frente ao Paço Municipal de Cotia seguida de atividade cultural com esquete teatral e apresentação musical para celebrar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado nesta quinta-feira (18).
O ato reuniu cerca de 130 pessoas, entre funcionários e pacientes atendidos pelos três Centros de Atenção Psicossocial (álcool e drogas, infantil e adulto), Residência Terapêutica, e a equipe do programa “CRAC é possível vencer”, da Guarda Municipal.
Na terça (16), a coordenação do CAPS promoveu na Câmara Municipal a exibição do filme “Nise, o coração da loucura”, estrelado por Glória Pires, baseado na história da psiquiatra Nise da Silveira, que por meio de estudos, pesquisas e publicações contribuiu para a adoção de novas propostas de tratamento de pacientes com transtornos mentais.
A comemoração da data surgiu a partir do Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, realizado em Bauru, em 1987, com o lema “Por uma sociedade sem manicômios”, em que eram denunciados abusos e violação de direitos humanos sofridos por usuários da saúde mental nos manicômios. Lutava-se pelo fim desse tipo de tratamento e pela instalação de serviços substitutivos.
Uma das conquistas desse movimento foi a Lei 10.216/2001, que determina o fechamento progressivo dos manicômios e a implantação desses serviços. Desde então, o Brasil tem os CAPS, as Residências Terapêuticas, Programas de Redução de Danos, Centros de Convivência e as Oficinas de Geração de Renda.
“Graças a este movimento, em 1987, ocorreram alguns avanços, como a abertura dos CAPS. Hoje podemos prestar um serviço mais humanizado e respeitoso aos pacientes, que na nossa rede agora contam com os serviços de terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos e educadores físicos”, disse Rejane Teixeira Prestes, coordenadora do CAPS Álcool e Drogas.
As comemorações do Dia Nacional da Luta Antimanicomial acontecem em Cotia desde 2009 e visam provocar alertas sociais sobre o estigma de exclusão social em relação às pessoas que vivem e convivem com transtornos mentais.