No passado conhecida como Lepra, a Hanseníase é contagiosa, mas tem tratamento e cura
Durante todo o mês de janeiro [mês da Campanha Mundial de Luta Contra a Hanseníase], as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) de Cotia intensificam as ações de orientação sobre causas, sintomas, tratamento e, claro, ajudam a quebrar paradigmas e preconceitos em torno da doença que afeta mais de 32 mil brasileiros, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) por meio da plataforma Data SUS, que consolida os dados coletados na estrutura do SUS. As ações integram a Campanha Janeiro Roxo.
Em todas as UBS’s as equipes realizam uma busca ativa da Hanseníase e, em caso de suspeita ou confirmação da doença, é feito o encaminhamento do paciente para fechar o diagnóstico e dar início ao tratamento, além disso, dúvidas também podem ser sanadas com a equipe de enfermagem das Unidades.
“A Hanseníase é uma doença transmitida por uma bactéria [Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen] e é contagiosa. A transmissão se dá pelas vias aéreas superiores (tosse, espirro, fala). Por isso, é fundamental o tratamento precoce para evitar a propagação para outras pessoas do convívio do paciente”, disse Magno Sauter, Secretário de Saúde. Ele salientou que o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
A Hanseníase causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, além de alteração da sensibilidade. É comum pacientes terem sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés, mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e de pelos. Também podem surgir caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Cotia, Silvana Silva, afirmou que as UBS’s contam com cartazes e informativos sobre a doença e que o exame clínico para detecção da doença pode ser feito a qualquer momento. “Em alusão ao Janeiro Roxo as ações foram intensificadas, mas em qualquer período do ano as pessoas podem procurar o serviço de saúde caso apresente algum sintoma da doença ou conviva com alguém que já tenha o diagnóstico. Nossa referência em atendimento é o SAE/CTA que fica na avenida Rotary, 40, telefone 4616-5921”, disse Silvana.